As vozes femininas mais icônicas que eu já ouvi ao vivo

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Antes de mais nada, preciso deixar claro que essa é uma lista de gosto pessoal, focada em vozes com potências e tonalidades únicas, aquelas que são tão marcantes que poderiam facilmente sustentar um show sem qualquer instrumento adicional. Essa seleção é sobre presença vocal, carisma natural e interpretações que arrepiam. Em ordem alfabética, aqui estão elas:


Alicia Keys (Allianz Parque – 05/05/2023)
Tive duas grandes surpresas nesse show: primeiro, o Allianz Parque não estava lotado mesmo com a configuração reduzida (formato arena); segundo, a duração: quase duas horas de clássicos. A qualidade da performance, porém, não foi surpresa. Alicia é dona de uma voz emocionalmente densa, carregada de alma. Há canções como “If I Ain’t Got You” que parecem simplesmente ter sido feitas para existir somente na voz dela.

Amy Lee (Allianz Parque – 21/10/2023)
Como bom emo, fui ao show do Evanescence ansioso. A produção estava linda, e a atmosfera gótica complementava a potência vocal da Amy. Há algo de transcendental em ouvir “Bring Me To Life” ou “My Immortal” ao vivo. Amy ainda surpreende cantando trechos em português, e sua voz ao vivo entrega exatamente o que promete nos discos: emoção, técnica e força.

Ana Carolina (Diversos shows)
Ana é o início de tudo pra mim. O Sou Fã nasceu como um fã clube dela nos anos 2000. Ela é a prova viva de que não se precisa de superprodução pra fazer um show inesquecível. Basta ela abrir a boca e a voz toma conta do ambiente. Seus arranjos são belíssimos, mas sua voz sozinha já é um instrumento completo. Ana é intensidade pura.

Bebe Rexha (The Town – 03/09/2023)
Bebe tem uma das tonalidades mais singulares dessa lista. Desde “Yesterday” com David Guetta, até “In the Name of Love” com Martin Garrix (minha favorita), sua voz chama atenção. Mesmo com os efeitos típicos da música eletrônica, ao vivo ela prova que é pura entrega. No palco do The Town, ela fez tudo soar melhor do que nas gravações.

Bia Balugani (Barttelier Bar – 12/04/2025)
Conheci a Bia pelo TikTok e já me encantei. A rouquidão da sua voz é envolvente. Já havia falado sobre ela no post “Artistas em ascensão que eu ainda não vi ao vivo“, e não demorou para tê-la na minha frente em um dos seus primeiros shows solo. Confirmou tudo o que eu esperava: essa voz ainda vai longe.

Emily Armstrong (Allianz Parque – 15/11/2024)
Inicialmente foi estranho ver a Emily no lugar do Chester. Mas conforme novas músicas chegaram, começou a fazer sentido. Ao vivo, ela não tenta imitar Chester, mas canaliza a energia do Linkin Park com autenticidade. E não tem como ignorar a potência da sua voz. No show, a estranheza deu lugar à entrega total.

Florence Welch (MITA – 04/06/2023)
Florence é intensidade bruta. Ainda que nem toda a discografia de Florence and the Machine me agrade, a voz dela é absolutamente incomparável. Ela passa de “The Dog Days Are Over”, trilha sonora de casamento de meio Brasil, à energia dançante de “Sweet Nothing” com Calvin Harris. Ao vivo, é como se estivesse flutuando sobre as notas.

Marília Mendonça (Diversos shows)
Marília é a única dessa lista que não está mais entre nós. Mas a potência da sua voz segue viva. Em apenas cinco anos, ela alcançou feitos incríveis como o projeto “Todos os Cantos”, lotando praças pelo país. E mesmo em 2025, tem 11 milhões de ouvintes mensais no Spotify, mais do que a soma de muitos artistas dessa lista. Sua voz era única, firme, e ao mesmo tempo acolhedora.


Essa é uma seleção de momentos inesquecíveis que vivi. Vozes que, cada uma à sua maneira, emocionaram, impactaram e deixaram marcas profundas. Algumas já consagradas, outras em ascensão, mas todas absolutamente memoráveis ao vivo.